A nossa convivência com o Coronavírus já completa quase um ano. Quando todos esperavam que as contaminações estivessem se arrefecendo, surge uma segunda-onda, mais forte do que a primeira, podendo até incluir uma mutação do vírus, nos pegando de surpresa e nos deixando ainda mais perdidos, como se fôssemos principiantes e não tivéssemos tido um período de experiência e de lições aprendidas, para planejar os próximos passos.

Por Jairo Martins e Silvia Trein Julio

O Coronavírus já completa quase um ano! São 10 meses de Pandemia!

A nossa convivência com o Coronavírus já completa quase um ano. Quando todos esperavam que as contaminações estivessem se arrefecendo, surge uma segunda-onda, mais forte do que a primeira, podendo até incluir uma mutação do vírus, nos pegando de surpresa e nos deixando ainda mais perdidos, como se fôssemos principiantes e não tivéssemos tido um período de experiência e de lições aprendidas, para planejar os próximos passos. Governos Estaduais e Municipais criaram “War-rooms”, montaram Hospitais de Campanha, importaram respiradores e EPI, estruturaram “Task-forces”, 

O Governo Federal, por sua vez,
trocou Ministros da Saúde,
demonstrando, como declarava,
preocupação com a “gripezinha”

ministros saude brasil… cavaram covas em série, fizeram impressionantes coletivas de imprensa diariamente (com máscaras e álcool em gel) e negociaram “individualmente” com laboratórios de desenvolvimento de vacinas. O Governo Federal, por sua vez, trocou Ministros da Saúde, demonstrando, como declarava, preocupação com a “gripezinha”, nos deixando esperançosos de que teríamos uma solução definitiva, competente e técnica, e que o País teria estratégia, recomendações e vacinação unificadas e alinhadas Federal – Estadual – Municipal.

Estabeleceu o Auxílio Emergencial às Famílias e Micro e Pequenas Empresas, para que sobrevivessem. Por fim, em coletiva de imprensa, à nação e ao exterior, declarou que o Brasil é Referência Mundial em ações contra COVID-19.

Empresas se adaptaram rapidamente à nova realidade, estabelecendo protocolos de segurança, investindo em plataformas tecnológicas e em acesso, adotaram novas formas de trabalhar e operar, implantando Diretorias de Saúde Mental e garantindo o atendimento às demandas da sociedade, principalmente alimentos e medicamentos, além do distanciamento social recomendado.   

Campanhas Solidárias foram lançadas, doando cestas básicas e outros produtos de uso diário, demonstrando certo desapego ao lucro no curto prazo e engajamento contra às desigualdades escancaradas, o que foi objeto de matérias escritas e televisivas em horário nobre.

A População, impactada pelas contaminações e mortes nos primeiros meses da Pandemia, adotou, talvez até por medo, o distanciamento social, o uso de máscaras, a lavagem das mãos e a higienização com álcool em gel. Famílias ficaram em casa, aboliram os abraços e beijos, deixaram de frequentar restaurantes, shoppings, se utilizando de deliveries para compras, pancadões, bailes funk, lojas e espaços de lazer. Crianças trocaram as aulas presenciais por virtuais e os pais começaram a participar da educação dos filhos. Adolescentes se ofereceram para fazer compras para os idosos, que se sentiram acolhidos.

Então, se todos nós fizemos tudo certinho, cumprindo todos os protocolos corretamente e responsavelmente, praticando a solidariedade com os mais fragilizados, o que explica esta disseminação exponencial do Coronavírus, provocando uma segunda-onda?

Mesmo sem grandes análises por meio de complexos algoritmos, primários, a começar com o que cometemos erros primários, a começar com o despreparo e falta de liderança dos governantes, que não souberam nem planejar a logística do processo, buscando o alinhamento Federal – Estadual – Municipal e otimizando o uso dos profissionais, medicamentos e recursos. Ao invés de nomearem técnicos competentes para cargos em Ministérios e Secretarias, por terem o “rabo preso”, acabam ocupando posições críticas com políticos incompetentes, venais, oportunistas e desqualificados, sem compromisso algum com a população, apenas com as suas conclui-se que cometemos erros interesseiras bancadas.

Empresas se colocaram na posição de que “fizemos a nossa parte”, presenciando as decisões equivocadas do governo, se omitindo, sem se pronunciarem e sem fazer as devidas cobranças, sem mostrar que o caminho certo seria aquele em que a saúde deveria andar de mãos dadas com a economia, sem a dicotomia alegada pelos incompetentes, por falta de uma gestão estruturada. Como tudo é uma relação de Causa e Efeito, sem o bom exemplo dos líderes governamentais e empresariais, que desdenharam da ciência e da consciência e focaram no marketing oportunista, a População, até pelo baixo nível educacional, propositalmente com máscaras no queixo e nos punhos, ignorando o próximo e que o colapso do sistema Nacional de Vacinação, que hospitalar e funerário poderia causar uma catástrofe ainda maior do que aquela já vivenciada. Por tudo isso, infelizmente, apesar da esperança que um Novo Ano sempre traz, estamos iniciando mais uma jornada, talvez mais desafiadora do que a que se encerra em 2020, cheia de indefinições e confusões, principalmente, sem um Plano requererá uma Logística complexa, que já deveria ter sido desenhada há, pelo menos, seis meses. Será o 2° Ato da Peça “A Hipocrisia Viral”, patrocinada pela “Companhia Brasileira de Espetáculos”, protagonizada por políticos e governantes como atores principais, empresários omissos e coniventes como coadjuvantes, e a população representando brilhantemente os seus papéis de palhaços, alegres, saltitantes, beijoqueiros, inconsequentes e engraçados.

Até quando vamos continuar assistindo de camarote o infindável repertório da “Companhia Brasileira de Espetáculos”?

Que 2021 seja o ano da mudança que queremos e precisamos, e que possamos ser atores de um espetáculo mais digno.

Feliz Ano Novo!

T&S Academy – Consultores Associados
Jairo Martins da Silva & Silvia Andrea Trein Julio

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