Engrena ITA - um modelo de inovação aberta para a pesquisa nacional

Em 2017, o ITA lançou o Engrena ITA (Figura 1), uma iniciativa para promover a pesquisa em modelo de inovação aberta. A reunião entre academia e vários participantes da mesma cadeia produtiva, nacional e internacional, se mostrou capaz de promover prospecção de projetos de P&D com custos divididos e ancorados em um vasto capital intelectual, advindo das competências complementares dos envolvidos. Essas características ímpares das propostas de projeto permitiram surpreendente desempenho dessa iniciativa, mesmo com a indústria brasileira ainda em recuperação.

Fase piloto

O Engrena ITA encerrou a sua fase piloto em setembro de 2018, com adesão de 24 membros e atingindo R$ 20,7 milhões de reais prospectados em projetos de P&D. Muito além das métricas que podem ser quantificadas estão as mudança culturais geradas pelo contato frequente entre Academia e Indústria. O Engrena ITA promove a realização de RT’s, reuniões de trabalho presenciais semestrais sediadas no ITA (Figura 2). As relações de parceria estabelecidas durantes as atividades da RT transcendem o momento da RT e fortalecem a cultura de trabalho em conjunto entre os entre membros da academia e da indústria brasileira e internacional no contexto de inovação.

Figura 1: Posicionamento do Engrena ITA conectando as indústrias brasileira e européia, agências de fomento e parceiros institucionais.

Fase 2 e o futuro do Engrena ITA

Devido ao sucesso da iniciativa, a segunda fase foi implementada, com o objetivo de aprimoramento pelo cofinanciamento dos membros aderentes. A Fase 2 entrou em operação no final de 2018, em cooperação com a Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF) e hoje a aliança já é composta por 20 empresas signatárias. A sua estrutura de gestão da inovação tem recebido reconhecimento pelos convites de divulgação do modelo operacional em vários eventos pelo país, permitindo que esse possa ser aplicado para outros setores e tecnologias. Contudo, vislumbra-se que o Engrena ITA evolua a sua forma de atuação e tenha papel de destaque em pesquisas em nível pré-competitivo. Por isso a sua fase 3, com início programado para 2021, deve contar com a execução de projetos de pesquisa com menor nível de desenvolvimento (TRL baixo), compartilhamento dos resultados entre membros e utilização deste para a estruturação de projetos de pesquisa com maior TRL.

Figura 2: Reunião de trabalho do Engrena ITA e dinâmica de ideação de proposta de projeto realizada pela indústria em conjunto com a academia.
FCMF

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