Não é de hoje que observamos doenças psicossomáticas invadindo as organizações
Não é de hoje que observamos doenças psicossomáticas invadindo as organizações
Não é de hoje que observamos doenças psicossomáticas invadindo as organizações com números crescentes e assustadores de colaboradores afetados.
Por meio de uma pesquisa rápida, podemos observar que esta preocupação teve início na década de 1990 e vem aumentando desde então.
Os números são praticamente velados, mas com certeza expressivos pelo aumento da preocupação com o tema no decorrer desses trinta anos.
O ser humano passou a ser uma mera “peça” da engrenagem organizacional que é intolerante à falhas
O foco cada vez maior e específico em produtividade, performance, lucratividade e redução de custos, deixou de lado a gestão de pessoas e tornou o ser humano peça de uma engrenagem no processo organizacional que não tolera falhas e, tampouco, aceita pessoas que, exauridas pela pressão de todo sistema, já não respondem como antes, pois mente e corpo cobram um preço muito alto.
O modelo atual de gestão de pessoas tem trazido ao universo organizacional números alarmantes de absenteísmo (palavra utilizada para definir a falta de um funcionário ao trabalho).
E a situação fica ainda pior quando identificamos uma situação que vem se evidenciando cada vez mais nas organizações, o “presenteísmo” (nome dado ao fenômeno do profissional estar presente, mas não tem produtividade).
Hoje não convivemos somente com empregabilidade, com a necessidade do sustento, mas convivemos com a concorrência direta entre os pares, instigada pela própria organização desde a contratação.
A pressão exercida sobre as pessoas para o alcance de metas, transformou o ambiente organizacional em um “campo de batalhas”, onde o ser humano trava uma batalha diária com seus colegas para que, ao final do dia, saia a vencedor e conquiste o “direito” de continuar mais um dia empregado. Não à toa que a expressão “matar um leão por dia” se tornou tão conhecida e tão utilizada!
Este ambiente nocivo, instigado pela própria organização, acaba tendo um custo muito alto. Seja ele por absenteísmos, presenteísmos, demissões, contratações, processos trabalhistas, acidentes de trabalho, perda de pessoas-chave do negócio, enfim, poderíamos enumerar uma série de consequências que afetam diretamente o resultado.
Até quando as organizações vão enxergar somente parte deste problema e vão se atentar ao “prejuízo velado” que estão tendo mês a mês, ano a ano?
Quando constatamos que a gestão de pessoas nas organizações atua de forma “corporativista”, “reativa” e, meramente, “marqueteira”; quando constatamos que os Recursos Humanos são temidos dentro da organização, porque atuam, prioritariamente e, muitas vezes, exclusivamente, focados na lucraividade e otimização de custos do negócio; quando constatamos que o “psicólogo” (quando há na organização) vem atuando em rotinas administrativas e meramente operacionais, não colocando sua expertise em prática, fica evidente que estamos diante de uma inversão de valores, o ser humano é mera parte da engrenagem, parte de um processo, para atingir as metas cada vez mais agressivas das organizações, quando na verdade, deveriam ser o ativo mais importante.
Áreas específicas de gestão de pessoas deveriam atuar de maneira “humana” e “preventiva”, administrando o presente, porém com o olhar no futuro da organização, evitando assim, impactos, implícitos e explícitos, desastrosos ao negócio.
O custo do cuidado é sempre menor que o custo do reparo!
Além disso, ambientes de empatia, colaborativos, onde pessoas passam a ser protagonistas de sua história dentro das organizações e reconhecidas pelos seus diferenciais, transformam o clima organizacional.
Somente pessoas engajadas e felizes podem fazer esta transformação no ambiente organizacional.
Líderes atuais necessitam urgentemente se posicionar e tomar atitudes para mudar este cenário, para assim criar uma “marca registrada” e serem lembrados pelo seu legado, no decorrer da sua história de vida e profissional, como uma referência a ser seguida pela excelência na gestão de pessoas.
Pessoas, com “mente sã e corpo são”, constituem o maior ativo das organizações. Elas serão imprescindíveis para “reconstruir e reinventar o futuro” que o mundo precisa com urgência!
T&S Academy – Consultores Associados
Jairo Martins da Silva & Silvia Andrea Trein Julio