Abril Azul: mês de conscientização sobre o autismo

Categoria: Saúde & Bem-Estar

Conheça a iniciativa global que visa disseminar informação e conhecimento sobre o TEA

O mês de abril é mundialmente conhecido por trazer à pauta da sociedade um tema importante e que precisa ser discutido: o Transtorno do Espectro Autista

O chamado Abril Azul é o mês de conscientização sobre o autismo, uma campanha que foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma forma de conscientizar as pessoas sobre o autismo e dar visibilidade ao transtorno.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, uma em cada 160 crianças no mundo tem TEA (Transtorno do Espectro Autista). Assim, a campanha Abril Azul tem o objetivo de envolver toda a comunidade nas causas que incluem o distúrbio e as condições do TEA, a fim de buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva.

O que é Transtorno do Espectro Autista?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por um desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.

O autismo pode ser identificado ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os 4 e 5 anos de idade.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o TEA é um transtorno de desenvolvimento neurológico, caracterizado pela dificuldade de comunicação e/ou interação social.

Ao contrário de pessoas com outras síndromes, como a síndrome de Down, o autista não possui características que podem ser identificadas pelo olhar. Por isso, o autismo é considerado uma deficiência invisível, e é comum autistas com baixa necessidade de suporte ouvirem a expressão: “nem parece autista”.

Sinais de alerta para o autismo

Alguns sinais de autismo em crianças pequenas, entre zero e dez anos, incluem os seguintes comportamentos:

  • Não respondem ao nome deles;
  • Evitam contato visual;
  • Não sorriem quando você sorri para elas;
  • Ficam muito chateadas quando não gostam de um determinado sabor, cheiro ou som;
  • Fazem movimentos repetitivos, como bater as mãos ou balançar o corpo;
  • Não falam tanto quanto as outras crianças;
  • Não fazem tantas brincadeiras de faz de conta;
  • Repetem as mesmas frases.

Sinais de autismo em crianças mais velhas

Em crianças acima dos 10 anos de idade, os sinais de autismo podem se manifestar de forma diferente. Confira os principais indícios do transtorno:

  • Parecem não entender o que os outros estão pensando ou sentindo;
  • Discurso incomum, como repetir frases e falar ‘com’ outras pessoas;
  • Gostar de uma rotina diária rígida e ficar muito chateado se ela mudar;
  • Ter um grande interesse em certos assuntos ou atividades;
  • Ficar muito chateado se você pedir a eles para fazerem algo;
  • Dificuldade em fazer amigos ou preferir ficar sozinhas;
  • Levar as coisas muito literalmente – por exemplo, eles podem não entender
  • frases como “quebrar uma perna”;
  • Dificuldade em dizer como se sentem.

Sinais de autismo em pessoas adultas

Atualmente, é comum encontrarmos adultos que receberam o diagnóstico tardio de autismo. Nestes casos, os principais sinais são:

  • Dificuldade em entender o que os outros estão pensando ou sentindo;
  • Ficar muito ansioso com situações sociais;
  • Dificuldade em fazer amigos ou preferir ficar sozinho;
  • Parecer rude ou não estar interessado nos outros sem querer;
  • Dificuldade em dizer como se sente;
  • Interpretar as coisas muito literalmente – por exemplo, você pode não entender o sarcasmo ou frases como “quebrar uma perna”;
  • Ter a mesma rotina todos os dias e ficar muito ansioso se isso mudar.

Tratamento para autismo

Para ter acesso ao tratamento, é necessário que o paciente busque atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência.

A partir daí, iniciam-se os atendimentos e encaminhamento para o serviço terapêutico especializado de reabilitação na macrorregião de saúde a que o paciente pertence.

A estimulação do paciente com diversos profissionais permite maior desenvolvimento e independência do portador do transtorno. O tratamento deve ser multidisciplinar, incluindo fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nutricionistas, pedagogos e educadores físicos.

Rótulos e preconceitos, especialmente dentro da família, podem atrapalhar o tratamento, prejudicar os vínculos afetivos e sociais, impor barreiras às capacidades educacionais e inviabilizar oportunidades profissionais, ou seja, podem dificultar ainda mais a vida do paciente com TEA. Em caso de dúvidas, procure atendimento especializado!

Publicado em: segunda-feira, 01 abril 2024 | TAGS: